Com efeito, saber ler e escrever utilizando sistemas gráficos tais como os hieróglifos egípcios ou os caracteres cuneiformes mesopotâmios, que representavam palavras completas ou sílabas, mas não sons elementares, implicava em saber “de cor” uma quantidade imensa de sinais e representações gráficas. Era necessário conhecer centenas de diferentes símbolos para poder descrever um acontecimento, registrar um fato.
Por tal razão costuma-se afirmar que, com o surgimento do alfabeto, que consiste em um conjunto limitado de caracteres (menos de trinta), através dos quais os sons básicos de um idioma são representados, houve, efetivamente, a democratização do conhecimento.
Escrita cuneiforme (significa “em forma de cunha”, em referência aos objetos empregados para gravar os caracteres).
Hieróglifos (significa, em grego, “escrita sagrada” – hierós - sagrado e glýphein – escrita).
Adaptado de “Les mystères de l'alphabet"
Marc-Alain Ouaknin, ed. Assouline (1997)