Como exemplo, o desenho de uma casa ou de uma estrutura fechada com uma pequena abertura (
bait, em hebraico), correspondia ao som “b”. O desenho da palma de uma mão (em hebraico,
kaf), estava associado ao som “k”. Um pictograma que corresponde a uma cabeça (
rosh, em hebraico), indicaria o som “r”.
É justamente este alfabeto proto-sinaítico que deu origem aos alfabetos dos canaanitas (ou fenícios, como os gregos os chamavam), aramaicos, paleo-hebraico, hebraico, grego e árabe. Posteriormente, sofreram mais alterações, tendo sido gerados os alfabetos empregados nos idiomas etrusco e latim, chegando depois aos alfabetos europeus modernos.
É interessante notar que várias das atuais denominações das letras do alfabeto hebraico referenciam-se às mesmas imagens que estavam presentes nas inscrições proto-sinaíticas de milhares de anos atrás. Por exemplo, “boi” (aleph), “água” (mem), “olho” (ayin), “cabeça” (reish), etc..
Tais denominações também foram empregadas pelos fenícios, dando a partir daí origem às letras gregas alfa, beta, gama e delta.
Alfabeto empregado na escrita proto-sinaítica
Adaptado de “Les mystères de l'alphabet"
Marc-Alain Ouaknin, ed. Assouline (1997)