Uma relevante contribuição voltada à preservação das características da leitura dos textos hebraicos, tendo em vista a prevenção contra o esquecimento coletivo da habilidade de identificar sua correta pronúncia e evitar erros de leitura ou mesmo de escrita, considerando-se que não há caracteres vocálicos na formação das palavras, mas sim apenas consoantes, foi introduzida pelos eruditos chamados de "massoretas", entre os séculos 7 e 10 da era comum. Os massoretas criaram indicadores adicionais junto às consoantes com a finalidade de orientar as posições e a correta pronúncia das vogais, bem como a acentuação tônica e técnicas de recitação das palavras. São os assim chamados "nekudot" – pontos e pequenos traços postos abaixo, acima ou ao lado das consoantes.
Introdução de sinalizações vocálicas junto às consoantes.
O processo de modernização do idioma hebraico teve lugar inicialmente na Europa no século 19. O conceito se baseou na mudança de condição de um idioma sagrado para uma língua falada e escrita, empregada no dia-a-dia, além de ser utilizada como meio de expressão literária.
Foi desenvolvida também uma versão cursiva para o KTAV ASHURI, com o objetivo de estabelecer uma escrita manual mais eficiente e prática.
Moderna escrita hebraica cursiva
A transformação conceitual que levou à utilização do hebraico rumo ao uso regular e não apenas litúrgico é único na história da humanidade. Não há casos paralelos. Diante de todas as condições para ser esquecido, tendo em conta a diáspora judaica e as inúmeras perseguições sofridas pelos judeus, o hebraico permaneceu durante quase dois mil anos sendo usado basicamente para finalidades religiosas. Passou então por adaptações, tornando-se um idioma ativo e atual.